Volume 41 Number 1

Recognising resilience

Jenny Prentice

For referencing Prentice J. Recognising resilience . WCET® Journal 2021;41(1):6

DOI https://doi.org/10.33235/wcet.41.1.6

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Life is constantly throwing curve balls or unexpected events.  It is how we deal with these events that defines who we are as individuals, as a profession, as an organisation or a local or global community. 

Resilience has many facets and first emerged as a concept in relation to the investigation and management of vulnerable populations, primarily high-risk children or children with disabilities. Derived from the Latin word ‘resilire’ resilience has been defined as “the skill to overcome/become adapted to highly difficult circumstances”1,2. Grafton et al further state resilience is “an innate energy or motivating life force present to varying degrees in every individual, exemplified by the presence of particular traits or characteristics that, through application of dynamic processes, enable an individual to cope with, recover from and grow as a result of stress or adversity”3.

COVID-19 and its ramifications on individuals, families, communities, health service providers and professional organisations and the global community over the past twelve months and more has been one of those curve balls and does not require further elaboration in terms of the devastation caused. What does require reiteration and further recognition is the self-sacrifice health professionals, including nurses and stomal therapy nurses worldwide, have made over time to manage and comfort those afflicted with COVID-19. In addition to enduring long hours of physical work frontline health professionals and care workers are having to contend with the restrictions of wearing protective personnel equipment (PPE) to protect themselves and those around them, which often results in impaired skin integrity from wearing PPE or frequent handwashing as reported in the Special COVID-19 edition of the WCET® Journal Volume 40 Number 2 June 2020.

Kuhnke JL et al provide additional insights on COVID-19, specifically that in Canada 40 health professionals have succumbed to COVID-19 in the line of duty. The importance of, and strategies for, maintaining optimal wellbeing and self-care to adapt to the stressors of COVID-19 are described.

Resilience is a recurrent theme in this issue under several guises. The resilience of burn victims in enduring often complex painful therapies and burn nurses and the care they provide to people disfigured by burns is highlighted in Xu’s case study of a woman with facial burns from a gas explosion. Likewise, McGrogan reminds us of the difficulties in assisting people with cognitive impairment to self-manage their stoma care especially in the presence of disruptive behaviours resulting in pouch removal.

The inherent challenges and tenacity required to manage non healing wounds are discussed by Boersema et al in their systematic review of nonhealable and maintenance wounds. 

Another facet of resilience is highlighted by the WCET®, which as an organisation over its 43-year life span has demonstrated its ability to adapt to meet the needs of its membership worldwide, culminating with the 2020 World Union of Wound Healing Societies Gold Medal for Most Progressive Society. This has occurred because volunteers who helped develop and sustain the work of the WCET® demonstrated many attributes, including vision, optimism, competent leadership, coping strategies and problem solving skills, dedication, reflection and a sense of humour, which are characteristics of resilience and resilient people1.

The editorial board, editor and publisher congratulate the WCET® on their award. We also recognise the achievements of all other award recipients who within their respective fields most likely faced and overcame some adversity in establishing their roles or service goals. 

The WCET®, editor and publisher wish to thank retiring editorial board members Barbara Delmore, USA; Kevin Woo, Canada; Sharon Baranoski, USA; Carmel Boylan, Australia; Pankaj Choudvary, India; Lori Henderson, USA and Diane Maydick, USA for their years of service contribution to the journal. 

A very warm welcome is extended to our new editorial board members Denise Hibbert, Saudi Arabia; Dr Emily Haesler, Australia and Professor Karen Ousey, United Kingdom. A more formal introduction to Denise, Emily and Karen will appear in the next issue of the journal.

Egeland et al referred to resilience as the “capacity for positive outcomes despite challenging or threatening circumstances”2. Many positive outcomes have emerged through the crisis of COVID-19, that have restored our faith in humanity. Few would be unaware of the extraordinary efforts of Captain Sir Thomas Moore, affectionately referred to as Captain Tom, who at 100 years and with impaired mobility showed courage and resilience in achieving his goal of walking 100 laps of his back yard at home in the United Kingdom, raising over ₤33M for British National Health Service charities to battle COVID-19; a feat that gave hope to and lifted the spirits of all4

In recognising the inherent resilience within each of us in times of hardship, I wish you all good health, good spirits and opportunities to shine.

With kind regards

Jenny


Reconhecendo a resiliência

Jenny Prentice

DOI: https://doi.org/10.33235/wcet.41.1.6

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A vida constantemente surpreende-nos com jogadas difíceis ou com eventos inesperados. É a forma como lidamos com estes eventos que define quem somos como indivíduos, como profissão, como organização ou como comunidade local ou global.

A resiliência tem muitas facetas e surgiu primeiro como um conceito em relação à investigação e à gestão de populações vulneráveis, principalmente crianças de alto risco ou crianças portadoras de deficiência. Derivado da palavra latina ‘resilire’, resiliência foi definida como “a habilidade de superar/adaptar-se a circunstâncias altamente difíceis”1,2. Grafton et.al. afirmam que a resiliência é “uma energia inata ou força de vida motivadora presente em diferentes graus em cada indivíduo, exemplificada pela presença de traços ou características particulares que, através da aplicação de processos dinâmicos, permitem a um indivíduo enfrentar, recuperar e crescer como resultado de stress ou adversidade”3.

A COVID-19 e as suas ramificações sobre indivíduos, famílias, comunidades, prestadores de serviços de saúde, organizações profissionais e a comunidade global durante os últimos mais de doze meses tem sido uma dessas jogadas difíceis e não necessita de muito mais explicações em termos da devastação causada. O que sim requer reiteradamente um maior reconhecimento é o sacrifício que os profissionais de saúde, incluindo enfermeiros e enfermeiros de terapia de estoma em todo o mundo, têm feito ao longo do tempo para tratar e confortar os afetados pela COVID-19. Para além de suportar longas horas de trabalho físico, os profissionais de saúde e os prestadores de cuidados de saúde têm de enfrentar as restrições do uso de equipamento pessoal de proteção (EPI) para se protegerem a si próprios e aos que os rodeiam, o que frequentemente resulta numa diminuição da integridade da pele devido ao uso de EPI ou à lavagem frequente das mãos, tal como relatado na edição especial COVID-19 da revista WCET® Volume 40 Número 2 de junho de 2020.

Kuhnke JL et.al. proporcionam informações adicionais sobre a COVID-19, especificando que no Canadá 40 profissionais de saúde sucumbiram à COVID-19 no cumprimento do seu dever. São descritas a importância e as estratégias para manter um bem-estar e cuidados próprios ótimos para adaptar-se aos fatores de stress da COVID-19.

A resiliência é um tema recorrente nesta edição sob várias formas. A resiliência das vítimas de queimaduras, no momento de suportar terapias dolorosas e muitas vezes complexas e os cuidados que as enfermeiras prestam a pessoas desfiguradas por queimaduras, são realçados no estudo de caso de Xu sobre uma mulher com queimaduras faciais devido a uma explosão de gás. Da mesma forma, McGrogan lembra-nos das dificuldades em ajudar as pessoas com deficiência cognitiva a autogerirem os cuidados inerentes ao seu estoma, especialmente na presença de comportamentos perturbadores que resultam na remoção da bolsa.

Os desafios inerentes e a tenacidade necessária para gerir feridas não cicatrizantes são discutidos por Boersema et.al.,na sua revisão sistemática de feridas não cicatrizáveis e da sua manutenção.

Outra faceta da resiliência pode encontrar-se na própria WCET® que, como organização ao longo dos seus 43 anos de vida, tem demonstrado a sua capacidade de adaptação para satisfazer as necessidades dos seus membros em todo o mundo, culminando com a Medalha de Ouro 2020 da União Mundial das Sociedades de Cura de Feridas para uma Sociedade Mais Progressista. Isto ocorreu porque os voluntários que ajudaram a desenvolver e sustentar o trabalho da WCET® demonstraram muitos atributos, incluindo visão, otimismo, liderança competente, estratégias de sobrevivência e capacidade de resolução de problemas, dedicação, reflexão e sentido de humor, que são características da resiliência e das pessoas resilientes1.

O conselho de redação, o editor e a editora felicitam a WCET® pelo seu prémio. Reconhecemos também as realizações de todos os outros premiados que, dentro dos seus respetivos campos, muito provavelmente enfrentaram e superaram alguma adversidade no estabelecimento das suas funções ou objetivos de serviço.

A WCET®, editor e editora deseja agradecer aos membros do conselho editorial que se reformam, Barbara Delmore, EUA; Kevin Woo, Canadá; Sharon Baranoski, EUA; Carmel Boylan, Austrália; Pankaj Choudvary, Índia; Lori Henderson, EUA e Diane Maydick, EUA, os seus anos de contribuição ao serviço da revista.

Damos uma calorosa bem-vinda aos novos membros do conselho editorial: Denise Hibbert, Arábia Saudita; Dra. Emily Haesler, Austrália e Professora Karen Ousey, Reino Unido. No próximo número da revista será efetuada uma introdução mais formal a Denise, Emily e Karen.

Egeland et.al. referiam-se à resiliência como a “capacidade de alcançar resultados positivos apesar de circunstâncias desafiantes ou ameaçadoras” 2. Através da crise da COVID-19, surgiram muitos resultados positivos, os quais restabeleceram a nossa fé na humanidade. Poucos ignoram os esforços extraordinários do Capitão Sir Thomas Moore, carinhosamente conhecido como Capitão Tom, que aos 100 anos e com mobilidade reduzida, demonstrou coragem e resistência em alcançar o seu objetivo de dar 100 voltas ao quintal da sua casa no Reino Unido, angariando mais de €33M para as instituições de caridade do Serviço Nacional de Saúde britânico para auxiliar no combate à COVID-19; uma proeza que deu esperança e elevou os espíritos de todos4.

Ao reconhecer a resiliência inerente a cada um de nós em tempos difíceis, desejo-vos a todos boa saúde, muito ânimo e oportunidades para brilhar.

Com os melhores cumprimentos

Jenny


Author(s)

Jenny Prentice
PhD, BN, RN, STN, FAWMA

References

  1. Yılmaz EB. Resilience as a strategy for struggling against challenges related to the nursing profession. Chinese Nursing Research 2017, 4: 9-13. http://dx.doi.org/10.1016/j.cnre.2017.03.004
  2. Egeland B, Carlson E & Sroufe LA. Resilience as process. Development and Psychopathology1993, 5:517-528.
  3. Grafton E, Gillespie B & Henderson S.  Resilience: The Power Within Oncology Nursing Forum 2010, 37 (6):698-705.
  4. https://www.abc.net.au/news/2021-02-03/captain-sir-tom-moore-dies-coronavirus-aged-100-nhs-uk/13110834

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