Volume 43 Number 3

Ingenuity: out of necessity

Jenny Prentice

For referencing Prentice J. Ingenuity: out of necessity. WCET® Journal 2023;43(3):7.

DOI https://doi.org/10.33235/wcet.43.3.7

PDF

Author(s)

References

Português

Historically, the universe is awash with examples of ingenuity; whether it be the capacity of animals to evolve and develop techniques to survive as their environment has changed or those that have emanated from human effort when faced with a dilemma. Helmstetter in terms of modern culture describes ingenuity as “...the creation of a solution to a dilemma or problem …and demonstrating novel or unusual approaches to achieve a solution”1. Resourcefulness, cleverness, inventiveness and originality are also other characteristics associated with ingenuity.

Ingenuity borne out of necessity is a common construct of articles within this issue of the WCET® Journal. Singh et al describe how during the COVID-19 pandemic they used video teleconferencing technology to overcome the barriers of distance, time zones and limited clinical sites to collaborate with the Wound Ostomy and Continence Nurses (WOCN) Society USA to develop and provide the first accredited international advanced wound, ostomy and continence education program to nurses in Vietnam and other Asian countries. The program, which was hosted via the Ho Chi Minh University School of Nursing and the University Medical Center, had 23 nurses who graduated in the specialty of wound, ostomy and continence nursing.

The difficulty in identifying skin changes that may lead to the development of a pressure injury in people with a darker pigment to their skin has long been acknowledged. In discussing the salient issues pertaining to skin assessment and identification of changes within the skin of patients with dark skin tones, Black et al refer to the emerging use of clinical visual detection technologies such as subepidermal moisture (SEM) assessment technology and long wave infrared technology (LWIT) as promising clinical technologies for early identification of skin changes before they are visible to the naked eye. Earlier detection and confirmation of subepidermal skin changes, it is proposed, will assist with avoidance of pressure injury development through earlier implementation of pressure injury preventative strategies and /or reduce the incidence of latent presentations with associated more extensive tissue damage in people with darker pigmented skin.

Karadağx et al, within their poignant case study, tell of the ingenuity of a 54-year-old Turkish shepherd, who because of cost constraints, washed and re-used his colostomy irrigation equipment for over 13 years. The circumstances leading to this unusual situation are explained, as are the secondary unintended cost savings achieved. Fundamentally, however, the authors explain the need to review health insurance and reimbursement process for ostomy equipment in Turkey so that people with ostomies are not disadvantaged and can safely use ostomy appliances as per manufacturers’ instructions.

In many low-income resource poor countries, local and readily available low-cost remedies for treating and healing wounds are out of necessity often the first choice of dressing. Coffee powder is one such resource. Coffee powder, which reportedly has antioxidant, antimicrobial and anti-inflammatory effects, has been used as a traditional method for treating wounds, particularly in Indonesia, for many years. Haesler reviews the current evidence on the use of topical coffee powder for facilitating wound healing in a variety of wound types. Which species of coffee bean, the process of applying coffee powder as a topical dressing and how coffee powder interacts with the wound bed are identified.

Ingenuity and adaptability are synonymous with wound, ostomy and continence nursing as we strive to provide best practice clinical care to achieve the best possible clinical outcomes with the resources available to us in the context of the person, their personal preferences, their medical conditions or clinical circumstances and their living environment.

Thank you all for continuing to use your passion, expertise and empathy to rise to these challenges with your ingenuity.

Best wishes to you all, Jenny.


Engenho: por necessidade

Jenny Prentice

DOI: https://doi.org/10.33235/wcet.43.3.7

Author(s)

References

PDF

Historicamente, o universo está repleto de exemplos de engenhosidade; quer se trate da capacidade dos animais de evoluírem e de desenvolverem técnicas para sobreviverem à medida que o seu ambiente se modifica, quer se trate daquelas que emanam do esforço humano quando confrontado com um dilema. Helmstetter, em termos de cultura moderna, descreve o engenho como "...a criação de uma solução para um dilema ou problema ...e demonstrar abordagens novas ou invulgares para alcançar uma solução "1. A desenvoltura, a esperteza, a inventividade e a originalidade são também outras características associadas ao engenho.

O engenho nascido da necessidade é uma construção comum dos artigos desta edição da Revista WCET®. Singh et al descrevem como, durante a pandemia da COVID-19, utilizaram a tecnologia de videoconferência para ultrapassar as barreiras da distância, fusos horários e locais clínicos limitados para colaborar com a Wound Ostomy and Continence Nurses (WOCN) Society USA para desenvolver e fornecer o primeiro programa internacional acreditado de educação avançada sobre feridas, ostomia e continência a enfermeiros no Vietname e em outros países asiáticos. O programa, que foi organizado pela Escola de Enfermagem da Universidade de Ho Chi Minh e pelo Centro Médico da Universidade, contou com 23 enfermeiros que se formaram na especialidade de enfermagem de feridas, ostomia e continência.

Há muito que é reconhecida a dificuldade em identificar as alterações cutâneas que podem levar ao desenvolvimento de uma lesão por pressão em pessoas com uma pigmentação da pele mais escura. Ao discutirem as principais questões relacionadas com a avaliação da pele e a identificação de alterações na pele de pacientes com tons de pele escuros, Black et al referem a utilização emergente de tecnologias de deteção visual clínica, como a tecnologia de avaliação da humidade subepidérmica (SEM) e a tecnologia de infravermelhos de onda longa (LWIT), como sendo tecnologias clínicas promissoras para a identificação precoce de alterações cutâneas antes de estas serem visíveis a olho nu. Propõe-se que a deteção e confirmação mais precoce das alterações subepidérmicas da pele ajudem a evitar o desenvolvimento de lesão por pressão através da implementação antecipada de estratégias de prevenção de lesões por pressão e/ou reduzam a incidência de apresentações latentes com danos tecidulares mais extensos associados em pessoas com pele de pigmentação mais escura.

Karadağx et al, no seu comovente estudo de caso, falam do engenho de um pastor turco de 54 anos que, devido a restrições de custos, lavou e reutilizou o seu equipamento de irrigação para colostomia durante mais de 13 anos. São explicadas as circunstâncias que conduziram a esta situação invulgar, bem como as economias de custos secundárias não intencionais realizadas. No entanto, fundamentalmente, os autores explicam a necessidade de rever o seguro de saúde e o processo de reembolso do equipamento de ostomia na Turquia, de modo que as pessoas com ostomia não sejam prejudicadas e possam utilizar os aparelhos de ostomia em segurança e de acordo com as instruções dos fabricantes.

Em muitos países de baixo rendimento e pobres em recursos, os remédios locais de baixo custo e facilmente disponíveis para tratar e curar feridas são, por necessidade, muitas vezes a primeira escolha de curativo. O pó de café é um desses recursos. O pó de café, que alegadamente apresenta efeitos antioxidantes, antimicrobianos e anti-inflamatórios, tem sido desde há muitos anos utilizado como método tradicional para o tratamento de feridas, nomeadamente na Indonésia. Haesler analisa as evidências atuais sobre a utilização de pó de café tópico para facilitar a cicatrização de feridas numa variedade de tipos de feridas. São identificadas quais as espécies de grãos de café, o processo de aplicação do pó de café como penso tópico e a forma como o pó de café interage com o leito da ferida.

O engenho e a adaptabilidade são sinónimos de enfermagem de feridas, ostomia e continência, uma vez que nos esforçamos por prestar cuidados clínicos de acordo com as melhores práticas para alcançar os melhores resultados clínicos possíveis com os recursos disponíveis no contexto da pessoa, das suas preferências pessoais, das suas condições médicas ou circunstâncias clínicas e do seu ambiente de vida.

Obrigado a todos por continuarem a usar a vossa paixão, experiência e empatia para responderem a estes desafios com o vosso engenho.

Os melhores votos para todos vós, Jenny.


Author(s)

Jenny Prentice
PhD BN RN STN FAWMA

References

  1. Helmstetter M. A Story Of Human Ingenuity Crossing Decades. Michael Helmstetter https://www.forbes.com/sites/michaelhelmstetter/2021/07/06/a-story-of-human-ingenuity-crossing-decades/?sh=129f92403596