Resumo
Introdução A pandemia da COVID-19 mudou nosso mundo. Ela impactou todos os profissionais de saúde (PS), as organizações e as pessoas que eles atendem de diversas maneiras. Isso inclui a área de especialidade de enfermagem em cuidados com estomia e incontinência. Nesse momento, é importante saber o que pode ser feito para apoiar os clínicos e pacientes (usuários finais), entendendo o que eles estão vivenciando e como estão se adaptando a essa pandemia.
Objetivo Reunir pesquisas que descrevam o impacto da COVID-19 para clínicos e pessoas com estomias ou requisitos de cateterismo intermitente.
Métodos A pesquisa foi conduzida virtualmente para manter os pacientes, clínicos e pesquisadores seguros, e ao mesmo tempo facilitar aprendizados importantes. As modalidades de pesquisa utilizadas foram questionários e um estudo observacional.
Resultados Esta pesquisa sobre a COVID-19 mostra que 57% dos usuários estomizados nos EUA e no Reino Unido relataram problemas com a pele periestoma no mês passado. O que gerou maior preocupação foi o fato de 84% dos usuários estomizados NÃO terem contatado um PS sobre seus problemas de pele. Nos cuidados com incontinência, 49% dos usuários de catéter intermitente (CI) estão mais preocupados com infecções do trato urinário (ITUs).
Apesar desses desafios, muitos usuários estomizados (52%) e usuários de CI (37%) relataram não saber se a telessaúde é uma opção para seu tratamento. Em vez disso, esta pesquisa mostra que os usuários estão tendo acesso a mais informações on-line – usuários estomizados aumentaram seu uso de internet em 34% e usuários de CI em 50%. Ambos os grupos relataram que as informações que eles procuram são em sua maioria dicas para questões de resolução de problemas e informações sobre a disponibilidade de seus produtos de estomia e incontinência. Isso é compatível com o resultado da pesquisa de enfermeiros de estomia que indica que os médicos estão procurando mais informações sobre educação em estomia e disponibilidade de produtos.
Conclusão A pesquisa inicial sugere que tanto os pacientes estomizados como os pacientes com incontinência estão sendo negativamente impactados pela pandemia da COVID-19. Como esse é apenas o início de uma pandemia global, mais pesquisas são necessárias.